”É preciso toda uma aldeia para educar uma criança” foi o lema da AIJ 2022

Com base no lema “É preciso toda uma aldeia para educar uma criança “teve lugar em Odemira a Assembleia Internacional Juvenil 2022 apoiada pelo Programa Erasmus + da União Europeia e que envolveu vários países europeus, entre eles Espanha e Itália.

Foram vários os eventos simultâneos entre os três países com recurso a meios digitais.

Foram quarenta os jovens delegados eleitos que ao longo de vários dias puderam discutir o conceito de “territórios educador” e tendo como ponto de partida os Objetivos da Juventude da União Europeia.

O encontro de formação internacional teve lugar na aldeia de São Luís, Odemira. Os jovens delegados ficaram alojados por toda a aldeia, em várias casas da comunidade. O programa de trabalho foi todo feito em interação com a comunidade. O encontro abriu com uma visita interativa aos principais projetos educativos e culturais do território, incluiu iniciativas culturais de interação com as populações locais através de espetáculos abertos à comunidade e oficinas pedagógicas interativas. Realizou a maior parte das suas ações em ambiente de natureza aproveitando todo o potencial do Parque Natural da Costa Vicentina.

As reflexões e trabalhos foram à volta de quatro temas concretos: Qual o meu papel de jovem protagonista transformador da minha comunidade?; O que é um território educador? O papel da comunidade e seus agentes; Como é que a minha comunidade me transformou?; A ideia utópica de um território educador.

De todo o trabalho de reflexão levado a cabo pelos jovens delegados saiu um documento orientador com as conclusões finais que refere que “os agentes do território devem agir de forma integrada e concertada, partilhando recursos e respostas sociais que possibilitem a crianças e jovens uma verdadeira igualdade de oportunidades”. O mesmo documento também assinala “que a resposta educadora de um território é muldimensional e deve integrar uma visão global onde a cultura, educação, ambiente, formas de participação social, economia e saúde são vistos como um todo e não de forma separada”.

Foram dias de intensa discussão, teste de metodologias de educação não formal inovadoras, eventos multiplicadores de âmbito artístico e comunitário que envolveram mais de 300 pessoas.