“Pensar Global, Agir Local, Fazer Diferente” são o a principal ideia da AIJ 2016
Pensar Global, Agir Local, Fazer Diferente” são a principal ideia a reter do documento final aprovado por todos os delegados jovens eleitos para a Assembleia Internacional Juvenil 2016, que tem lugar em Famalicão e Alfeizerão.
Foram eleitos 40 delegados que durante 11 dias trabalharam e refletiram sobre o papel dos jovens enquanto protagonistas e futuros atores dos processos de implementação dos novos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável, a atingir até 2030.
O documento refere que 2015 foi uma oportunidade histórica e sem precedentes para reunir todos países e a população global e decidir sobre novos caminhos, melhorando a vida das pessoas em todo o globo. O mesmo refere que os países que compõem as Nações Unidas tiveram a oportunidade de adotar uma nova agenda de desenvolvimento sustentável e chegar a um acordo global sobre as mudanças climáticas. Das ações tomadas em 2015 resultaram nos novos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), que se baseiam nos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Os jovens reunidos na AIJ 2016, em representação dos seus grupos de trabalho, acentuaram a importância dos novos objetivos do desenvolvimento sustentável enquanto documento orientador a nível global, considerando que são ambiciosos, mas concretizáveis se pensados e forma global, embora aplicados a cada contexto respeitando as suas especificidades regionais e locais. No entanto acreditam que o processo de operacionalização tem de ser diferente, envolvendo de forma direta e concreta as populações através de programas de envolvimento social, de disseminação de resultados e troca de boas práticas.
O documento final põe uma enfase especial no objetivo da aprendizagem ao longo da vida e no objetivo que determina um maior contributo da comunidade mundial para a sustentabilidade das atividades económicas e ambientais. Um claro investimento na sustentabilidade da atividade humana levará a mais emprego digno, e, mais importante, guardará essa possibilidade para as gerações futuras. Para terminar acrescenta que, apesar do objetivo 16 mencionar a inclusão, o grupo de delegados manifestou descontentamento pelo facto do fenómeno dos refugiados de guerra e o maior movimento migratório desde a II Guerra Mundial não estar mencionado. A AIJ 2016 – NODM 2030 foi apoiado pelo Programa Erasmus + da União Europeia e resultou de uma parceria de 5 países parceiros (Portugal, Itália, Polónia, Espanha e Brasil) e quatro países observadores, tendo conseguido envolver mais de duas mil e cem pessoas em mais de trinta iniciativas culturais e de disseminação. Ao longo deste processo foram eleitos 40 delegados que refletiram e aprovaram o documento com as conclusões finais.